ATIVIDADE 01 – FORMATAÇÃO SIMPLES
DO TEXTO
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FONTE: TIMES –TAMANHO 12
Por que precisamos usar a
tecnologia na escola? (centralizado e negrito)
As relações entre a escola, a
tecnologia e a sociedade (centralizado)
Por Edla Ramos (Alinhamento à direita)
(Colocar parágrafo
e justificado, alinhamento 1,5)
Se este texto estivesse sendo
lido por você a vinte e tantos anos atrás, uma questão que provavelmente
apareceria seria se deveríamos ou não usar as novas (nem tanto mais) tecnologias
na educação. No início da década de 80, havia o anseio de que essa tecnologia poderia
produzir a massificação do ensino, descartando a necessidade do professor, ou que
pudesse levar a aceleração perigosa de estágios de aprendizagem com
consequências graves. Argumentava-se também sobre o disparate de usar
microcomputadores em escolas que eram carentes de outros tantos recursos. Hoje
em dia, no entanto, já há bastante concordância sobre o fato de que a
informática deva ser incorporada ao processo educacional. Permanecem, contudo,
as dúvidas sobre por que (ou sob qual perspectiva) e sobre como essa
incorporação deve acontecer Se você também não se contenta com esse argumento,
está convidado para uma reflexão mais ampla acerca do tema! Neste texto,
apresento diversos argumentos para demonstrar que a superação das exclusões não
vai se dar pela via da empregabilidade apenas. A crise que estamos vivendo vai
muito além do desemprego, pois estar empregado é condição necessária, mas cada
vez menos suficiente, para a cidadania.É preciso superar a lógica da
empregabilidade, pois esta não dá conta da sutileza e da complexidade da
relação entre escola, tecnologia e sociedade. Não contribui também para a
construção de uma educação para a solidariedade, para a equidade, para o
consumo ecologicamente sustentável. Está impregnada por um conceito de
desenvolvimento predatório e dependente.
(Colocar parágrafo
e justificado, alinhamento 1,5)
Em síntese, como diz Hugo Assmann,
não basta educar a massa trabalhadora para alimentar a máquina produtiva, é
preciso educar para provocar indignação frente à aceitação conformista da
relação tecnologia X exclusão. É preciso formar cidadãos aptos a construir uma
sociedade solidária, principalmente quando se considera que uma sociedade
sensivelmente solidária precisa ser permanentemente reconstruída. Cada geração
precisa aprender a dar valor à solidariedade.
(Fonte 10
espaçamento simples e recuo a direita 4cm)
A educação para a solidariedade
persistente se perspectiva como a mais avançada tarefa social emancipatória.
(ASSMANN..., 1998, p. 21).
(Colocar parágrafo
e justificado e alinhamento 1,5)
O uso ou a incorporação das
Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) nos processos educativos tem
implicações que ultrapassam de longe os muros de uma sala de aula ou de uma
escola. Afinal, estas tecnologias favoreceram grandes mudanças neste período
que está sendo chamado de revolucionário.
(Colocar parágrafo
e justificado e alinhamento 1,5)
Analisando a história da nossa
civilização, percebemos que em vários momentos ocorreram mudanças
revolucionárias no modo como o homem vivia. Aprofundando a nossa análise destas
revoluções históricas, percebemos que entre seus motivos estava sempre a invenção
de alguma ferramenta que expandiu a nossa capacidade de ação sobre o mundo (ou
sobre a nossa realidade), ou, que expandiu a nossa capacidade de comunicação e
de expressão. Tomemos como exemplo a revolução industrial com seus inventos
principais: a máquina a vapor e a criação da imprensa . As novas tecnologias
ampliam essas capacidades de modo extraordinário, e, por isso, a dimensão das
mudanças que elas estão produzindo vem gerando profundas crises e
desequilíbrios. O mercado de trabalho, que afeta a vida de todos, também vem se
transformando continuamente: muitas profissões e postos de trabalho foram
extintos; novos produtos são criados constantemente; há desemprego em muitos
setores e falta de trabalhadores noutros.
(Fonte 10
espaçamento simples e recuo a direita 4cm)
A mutação das técnicas produtivas
é acompanhada por novas formas de divisão do trabalho e, logo também, pelo
surgimento de novas classes sociais, com o desaparecimento e a perda de poder
das classes precedentes, por uma mudança da composição social e das próprias relações
políticas. (ROSSI apud MUSSIO, 1987, p. 20).
(Colocar parágrafo,justificado e alinhamento 1,5)
Muitas incertezas afligem as
pessoas nessa nossa época de uso intensivo de novas tecnologias. Dentre as
questões em destaque estão:
(colocar
marcadores)
Como garantir a continuidade de sociedades democráticas e
participativas?
Como garantir o acesso à informação por todos e evitar o aumento das formas de controle
e vigilância da mesma?
Como conseguir eficiência econômica e evitar o desemprego em massa e mais concentração
de renda?
Como conseguir segurança pública e evitar a instalação do terror?
Face
às diferenças que se acirram, como conseguir uma sociedade com respeito mútuo,
com justiça distributiva e sem invasão da privacidade ou massificação?
(Colocar parágrafo, justificado e alinhamento 1,5)
Novamente voltando, alguns anos
atrás havia grandes expectativas sobre os efeitos da expansão do uso destas
tecnologias. Muitos estavam bastante otimistas, mas já havia quem alertasse que
não deveríamos sê-lo, pois
(Fonte 10
espaçamento simples e recuo a direita 4cm)
nada está decidido a priori”
(LÉVY, 1993, p. 9). Lévy (1993, p. 7) nos lembrava já em 1993 que teríamos que
inventar como gostaríamos que esta nova sociedade da informação fosse, do mesmo
modo que inventamos a sua tecnologia. Ele ressaltava que havia um grande
descompasso e distanciamento entre “a natureza dos problemas colocados à
coletividade humana pela situação mundial da evolução técnica e o estado do
debate coletivo sobre o assunto.
(Colocar parágrafo, justificado e alinhamento 1,5)
Hoje em dia a realidade já não
nos permite mais ser otimistas. É um fato bastante triste que no mundo de hoje,
onde nunca tanta riqueza foi produzida, há tanto ou mais fome, doenças e injustiças
do que sempre houve. Logo, tanta tecnologia por enquanto não produziu os
efeitos desejados. Está ficando bastante claro que a forma de uso que damos às TIC
é determinante nas respostas dadas a todas as questões que apresentamos acima. De
modo geral, pode-se dizer que a tecnologia abre muitas possibilidades, mas a
determinação do que vai se tornar realidade, dentre o que é possível, é do
âmbito da política.
(Colocar parágrafo, justificado e alinhamento 1,5)
Então, se queremos uma
tecnodemocracia, vamos precisar formar os sujeitos para isso. Precisamos pensar
em alfabetização tecnológica para todos, pois quem não compreende a tecnologia
não vai poder opinar sobre o que fazer com ela. Felizmente a sociedade está mais
atenta sobre esta necessidade e tem buscado equipar as escolas; há também
muitos projetos de inclusão digital que buscam ampliar o acesso às novas
tecnologias.
(Colocar parágrafo, justificado e alinhamento 1,5)
Mas o quadro ainda não é
satisfatório. Segundo dados de 2008 do Comitê Gestor da Internet, no Brasil a
taxa média brasileira de acesso à internet nos domicílios é de 20%. Esse já
parece ser um número interessante, mas não se pode esquecer que esta é só a
taxa média,há grande diferença entre as regiões, sendo a região sudoeste a mais
conectada, com 26%, e as regiões norte e nordeste as menos c o n e c t a d a s
, com 9%. Essa diferença se propaga por qualquer critério que esteja r e l a c
i o n a d o com os indicadores econômicos e sociais. Uma rápida olhada nos
dados ao lado permite concluir que o Brasil conectado é essencialmente urbano,
bem educado, bem alimentado e branco.
(Colocar parágrafo, justificado e alinhamento 1,5)
É importante também considerar
que a escola é um lugar especialmente adequado para a promoção da inclusão
digital, uma vez que a grande maioria dos jovens a frequenta num tempo em que
estão bastante abertos ao aprendizado. Além disso, o uso coletivo que ali se
pode dar aos computadores torna a inclusão digital a partir das escolas um
investimento socialmente relevante.
(Fonte 10, espaçamento
simples e recuo à direita 4cm)
A
melhor forma de combater o apartheid digital a longo prazo é investir
diretamente nas escolas, de modo que os alunos possam ter acesso desde cedo às
novas tecnologias. (BAGGIO, 2003).
(Colocar parágrafo, justificado e alinhamento 1,5)
No Brasil, o número de escolas
com computadores e acesso à internet ainda está muito longe do ideal.
Resultados de 2005 indicavam que o uso da internet nas escolas é ainda muito
baixo. Segundo a pesquisa, apenas 5,4% da população com 10 anos de idade ou mais
declarou ter usado a internet na escola.
(Colocar parágrafo, justificado e alinhamento 1,5)
Há outro estudo mais objetivo que
aponta que
(Fonte 10, espaçamento
simples e recuo à direita 4cm)
das 142 mil escolas brasileiras,
apenas 8% dispõe de Internet com velocidade superior a 512 Kbps. (SANTOS,
2008).
(Colocar parágrafo, justificado e alinhamento 1,5)
Tentando mudar esta realidade, o
governo Brasileiro muito recentemente lançou o Programa Banda Larga nas
Escolas, em parceria com as operadoras de telefonia fixa. O programa pretende
que todos os alunos das escolas públicas do ensino fundamental e médio situadas
na área urbana tenham acesso à Internet banda larga (2megabits) até o final de
2010.
(Colocar parágrafo, justificado e alinhamento 1,5)
Suponhamos, então, que, como
nação, tenhamos realizado um grande esforço e investimento e tenhamos chegado a
promover a alfabetização tecnológica para todos. Ainda assim não teria sido o
bastante. Vamos fazer uma comparação com a alfabetização para a escrita e a
leitura. Sabemos muito bem que o que é entendido como ser alfabetizado muitas
vezes é apenas ter atingido a capacidade de ler uma página impressa e de
assinar o próprio nome. Sabemos que um cidadão precisa muito mais do que isso.
Um cidadão precisa poder decidir sobre o que quer ler e ter acesso aos
materiais que lhe interessam; precisa poder escrever com competência sobre o
que desejar; e, acima de tudo, precisa, quando julgar necessário, ter assegurado
o direito de ser lido.
(Colocar parágrafo, justificado e alinhamento 1,5)
O que queremos dizer é que a
massificação de competências técnicas é necessária, mas não é suficiente. É
preciso mais. É preciso promover compreensão crítica sobre as tecnologias.
Piero Mussio, abordando a questão da alfabetização tecnológica, destaca:
(Fonte 10, espaçamento
simples e recuo à direita 4cm)
Há dois níveis de compreensão de
um instrumento tecnológico. O primeiro é o da compreensão técnica, típico dos
especialistas (...) O segundo nível é o da compreensão do uso do instrumento
(...) sendo capaz de avaliar, julgar o instrumento proposto não por seus
mecanismos internos mas pelas suas funções (globais) externas. (MUSSIO, 1987,
p. 16).
(Fonte 10, espaçamento
simples e recuo à direita 4cm)
Mussio lembra que é preciso fazer
crescer a consciência do significado cultural do instrumento de forma a
minimizar a “delegação” de poder aos especialistas. Nesse nível de compreensão,
o usuário passa a naturalmente ser ator do projeto de inserção tecnológica.
Acontece que esta atuação para se tornar explícita exige um processo trabalhoso
de aprendizado, de compreensão e de adaptação. A questão que Mussio levanta
nesta problemática é: “como permitir a quem quiser usar convenientemente um
artefato tecnológico informar-se, não para ser civilizado ou alfabetizado
apenas, mas para melhorar a si mesmo, ativando funções críticas autônomas de
avaliação de tais sistemas, por aquilo que fazem e pelo modo como fazem.
(RAMOS, 1996, p. 6).
(Colocar parágrafo, justificado e alinhamento 1,5)
Em outras palavras, já que as
novas tecnologias mudam profundamente os meios de produção e de consumo, o que
está em jogo é o controle político e social desses meios. Illich (1976) lembra
que as próprias características técnicas dos meios de produção podem tornar
impossível este controle. Novamente, é preciso compreender a tecnologia para
poder dizer como elas devem ser. Vemos assim que, para Illich, dominar uma
ferramenta é muito mais do que aprender a usá-la, significa a garantia da
possibilidade de se definir conjuntamente o que vamos fazer com elas.
(Colocar parágrafo, justificadoe alinhamento 1,5)
A intenção com o que foi até agora
dito é a de sublinhar a necessidade de criar posturas autônomas e críticas de
aprendizado sobre a tecnologia. Boff (2005) explicita essa ideia dizendo que
precisamos educar os sujeitos para que sejam críticos, criativos e cuidantes. Ser
crítico, para ele, é a capacidade de situar cada evento em seu contexto
biográfico, social e histórico, desvelando os interesses e as conexões ocultas
entre as coisas. É ser capaz de responder: quais tecnologias servem a quem?
Boff (2005, p. 9) explicita que
(Fonte 10, espaçamento
simples e recuo à direita 4cm)
somos criativos quando vamos além
das fórmulas convencionais e inventamos maneiras surpreendentes de expressar a
nós mesmos [...]; quando estabelecemos conexões novas, introduzimos diferenças
sutis, identificamos potencialidades da realidade e propomos inovações e alternativas
consistentes.
(Colocar parágrafo, justificado e alinhamento 1,5)
Enfim, ser criativo significa ser
capaz de recriar-se e de recriar o mundo, ou de inventar as tecnologias que
queremos. Por último, e mais importante, é preciso ser cuidantes. Ser cuidante
é ser capaz de perceber a natureza dos valores em jogo, de estar atentos ao que
verdadeiramente interessa, discernindo que impactos nossas ideias e ações têm
sobre as outras pessoas, e sobre o planeta. Sem o cuidado e a ética esvaziamos
as capacidades críticas e criativas, pois, não nos esqueçamos que vivemos um
tempo em que nossas ações estão em vias de inviabilizar a vida no planeta.
(Colocar parágrafo, justificado e alinhamento 1,5)
Como já dissemos: quem não
compreende não opina. Por isso perguntamos:
(Colocar marcadores)
Existiria um conjunto de conceitos fundamentais sobre as Tecnologias de Informação
e Comunicação (TIC) que precisariam ser dominados por todos os cidadãos? Não
temos dúvidas sobre isto nas disciplinas de matemática, de língua portuguesa, de
história etc. Quais seriam esses
conceitos no caso das TIC? Alguns nos vêm à mente: o que é digital? O que é
hipertexto? Como se estrutura a Web física e logicamente? Qual é a geopolítica
da Web? O que é um banco de dados? Princípios das linguagens de programação? O
que é um computador? Estruturas hierárquicas de classificação? Medidas de
Informação (bits, gigabytes, ...)? Transmissão de dados?
(Colocar parágrafo, justificado e alinhamento 1,5)
Tudo o que discutimos até agora
são questões que podem orientar sobre como usar as tecnologias na escola. Elas
podem ajudar a definir os currículos (seus conteúdos, objetivos e métodos); a
definir a orientação da prática pedagógica; os tipos de software educacional
que devemos usar; a formação dos professores, a organização da distribuição e uso
dos recursos computacionais etc. Enfim, elas podem ajudar a definir como o
nosso dia-a-dia na escola deverá ser reorganizado. Mas, finalizando, precisamos
considerar que o computador é também uma importante ferramenta pedagógica que
pode ajudar a desenvolver o raciocínio das pessoas. Na verdade, acreditamos que
a incorporação da tecnologia ao processo educativo cria uma oportunidade ímpar
para a estruturação e implantação de novos cenários pedagógicos. Sabemos que o
nível de interatividade dessa ferramenta tem potencial para produzir novas e
riquíssimas situações de aprendizagem. Pelo seu potencial pedagógico, podem também
ser espaço da cointegração entre disciplinas. E, por isso tudo, podem
contribuir para a valorização dos educadores e para o seu reencantamento pelo
ato de educar. Além disso, frente a essa interatividade, as debilidades da
educação baseadas na transmissão, no treino e na memória ficam tão evidentes
que é difícil não percebê-las.
(Colocar parágrafo, justificado e alinhamento 1,5)
Piaget já nos falava que a
aceitação de erros é fundamental para a construção significativa e verdadeira
do conhecimento. Sem errar não se chega ao conhecimento. É preciso experimentar,
tentar e tentar de novo. Então o professor que vai fazer o uso de novas
tecnologias de um modo proveitoso precisa perder o medo de experimentar junto
com seus alunos, precisa negar o verticalismo da sua relação com eles buscando
mais confiança e companheirismo. Ninguém está aqui anunciando o fim da
autoridade do professor, mas sim o abandono do autoritarismo que está
intrínseco ao ensino das soluções prontas e acabadas, adotadas sem crítica nem
compreensão. Nem estamos advogando que tudo precise ser reinventado, pois há
muitas soluções excelentes para muitos problemas. Não estamos também negando a
importância do treino e dos exercícios de repetição no aprendizado. Estamos sim
negando o seu uso acrítico e alienado. Acreditamos que a aprendizagem
significativa e crítica que queremos ver implementadas com as novas tecnologias
pressupõem o coletivo, a cooperação entre pessoas e disciplinas e o diálogo
franco e livre.
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